quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mais Tsunami - Manual Notch

Esse post é dedicado ao recurso "Manual Notching" no decoder Tsunami. O notch manual significa que você tem o controle dos pontos de aceleração do motor independentes do controle de velocidade. Esse recursos aumenta o realismo na condução do trem, em contra partida exige um pouco de habilidade no controle também. Se você não está acostumado com esse modo, vai sentir um pouco de dificuldade no começo. Mas depois que pegar o jeito vai gostar da coisa. Também estou dando umas dicas de remapeamento de funções nos decoders Tsunami Diesel. Confira.



Em termos práticos, o botão que você controla a velocidade da locomotiva continua na mesma. O que é diferente é que o "barulho" do motor vai ser controlado nas funções e não mais vai estar atrelado ao movimento da locomotiva. Por exemplo, usando o notch manual, você pode retornar ao neutro em situações como manobras em baixa velocidade ou se estiver descendo uma rampa. Pessoalmente acho muito feio a locomotiva andando sozinha devagarzinho com motor gritando, ou então descendo rampa acelerando. Cenas totalmente fora da realidade. E para quem tem maquete pequena, pode levar o motor ao ponto máximo com a locomotiva parada.

Então, quais os ajustes a serem feitos? Primeiro temos que habilitar o notch manual gravando o valor 16 no CV 116. Fazendo isso, o Tsunami alterna as funções "Radiator Fans" e "Air Compressor" para "Notch up" e "Notch Down" respectivamente. Com isso, você pode configurar essas funções para serem executadas de forma aleatória gravando o valor 3 no CV 112. Ê Soundtraxx! Já passou da hora de aumentar o número de funções do Tsunami hein!!!

Com essas alterações o controle do notch vai ficar nas funções F9 e F10. O startup e shutdown também fica nessas funções, não necessitando mais de usar o emergency stop para desligar a locomotiva. E também acaba com aquele problema da locomotiva andar antes de ligar o motor. Só que para acessar a função F10 geralmente você tem que apertar um tal de Shift na sua central DCC ou até entrar com os dois dígitos da função. Como é uma função relativa a condução da locomotiva, é mais interessante que ela fique no primeiro grupo de funções com acionamento apenas em um toque. Ao menos a Soundtraxx permite o reampeamento das funções do Tsunami. Vamos ver como é feito.

Nos meus projetos eu mapeio as funções notch up e notch down em F6 e F7 respectivamente. O F6 vem de fábrica para comandar um dos auxiliares. Se sua locomotiva tem ditch lights, você pode mapear as duas luzes numa única função. Por exemplo, para que as duas ditch lights acendam ao mesmo tempo na função F5, grava-se o valor 6 no CV 39. Com a função F6 liberada, para ela receber o notch up gravamos o valor 64 no CV 40. E para o notch down no F7, também teremos o valor 64 no CV 41. Como o Tsunami vem com a função de luz baixa (Dimmer) no F7, para não perdermos esse recurso, transferimos para a função F, gravando o valor 8 no CV44.

Caso queira fazer mais alguma alteração na disposição das funções do seu decoder Tsunami, estou publicando também a tabela de mapeamento extraída do manual do decoder. Basta cruzar a coluna das funções com a dos CVs para ver qual valor será gravado. Qualquer dúvida, é só postar nos comentários.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Tsunami e Lenz System

Conforme dito, agora teremos atualizações mais frequentes do blog. Hoje estou abordando sobre uma questão que cheguei a levar aos dois fabricantes e acabei por eu mesmo descobrindo a solução. O post também serve de dica para quem tem questão semelhante.

Quando adquiri o sistema Lenz DCC em sua última geração imaginei estar adquirindo uma central bem completa e que atendesse a todas as minhas necessidades. Necessidades de um usuário mais avançado. Por um momento tive a impressão de que o alto investimento não tinha compensado, no entanto percebi que em sistemas mais sofisticados, talvez o fabricante nem saiba de tudo que seu produto seja capaz.

Pela primeira vez tinha recebido o tão falado Soundtraxx Tsunami para digitalizar uma locomotiva. Esse decoder apesar de ter um ótimo som e desempenho, ainda está no estágio anterior no que se refere a quantidade de funções. Vai do F0 ao F12. Ainda sim a Sountraxx o anuncia com 14 funções. As duas extras são o engine startup através do ponto 1 do controlador DCC e o engine shutdown através do botão emergency stop. Acontece que sistemas americanos e europeus não tem a mesma configuração para o tal botãozinho vermelho. Não sei o que diz as normas da NMRA a respeito, mas cada fabricante diz que as segue.

Nos sistemas americanos como MRC e NCE, um toque no botão vermelho comanda uma parada apenas para o endereço controlado naquele momento. Caso precise de dar um stop geral na maquete tem que segurar o botão vermelho por 2 segundos ou mais. Os decoders Tsunami usam o primeiro caso para ativar o engine shutdown. Já nos sistemas europeus, o "emergency stop" é mais efetivo. Um simples toque nesse botão imobiliza tudo na maquete imediatamente. Se é parada de emergência, tem que ser no ato, não é verdade? 2 segundos é tempo suficiente para uma colisão entre os trens na maquete dependendo da velocidade das composições. Então como fazer para ter a sequência de desligamento do motor da locomotiva (engine shutdown) com o sistema da Lenz?



Um belo dia por acidente mudei a direção da locomotiva com ela em movimento. O resultado é esse do vídeo. Ao pressionar o botão de direção na cab, a locomotiva é zerada e para ao invés de dar um tranco e mudar a direção repentinamente. Nisso o Sr. Tsunami interpretou esse comando como 'engine shutdown"! Ou seja, essa ação tem o mesmo resultado do toquinho dos sistemas dos gringos.

Eu questionei ao pessoal da Lenz se o sistema deles tinha um comando para parar somente a locomotiva em controle, e não todas as do circuito. Pois o Tsunami necessita desse tipo de comando para dar o engine shutdown. Não souberam me responder e me limitaram a dizer sobre as duas configurações disponíveis do botão vermelho e que estão em conformidade com a NMRA. A Soundtraxx por sua vez disse não ter experiência com os sistemas da Lenz. Mas aí eu disse a eles que o EZ Command que é bem popular nos EUA, usa tecnologia Lenz.

Conclusão, esse pessoal deveria fazer mais testes com seus produtos. Pois com representações espalhadas pelo mundo e a internet, tais ítens terão uma variedade enorme de consumidores.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Luzes no Tsunami GN

Para começar um feliz 2012 a todos. Vou interligar o meu blog ao meu canal do youtube, no qual faço atualizações mais frequentes para que esse aqui não fique esquecido.

Nesta primeira postagem de 2012 vou abordar sobre a ligação das luzes das locomotivas que usam os decoders Tsunami da série GN da Soundtraxx. Este artigo também serve como complemento a ótima matéria publicada pelo José Agenor em sua revista Trens Modelismo edição 75. Na revista estão as intruções de como instalar um decoder de som em uma G12 Frateschi mostrando as adaptações a serem feitas na locomotiva e a efetiva instalação e configuração de sons e motor do decoder Tsunami.

Explicando:

A série GN dos decoders Tsunami foi designada especialmente para as locomotivas da série Genesis da Athearn. Tais locomotivas ainda usam lâmpadas aos invés de LEDs e o decoder vem com regulador interno para limitar a voltagem nas outputs em 1,5 Volt. Essa voltagem é insuficiente para acender um LED, que dependendo da cor pode necessitar de mais de 3 Volts para o brilho total. Os LEDs que vem nas locomotivas Frateschi acendem com cerca de 2 Volts.

Instalando:

Então para utilizar LEDs em um decoder Tsunami GN, o fio positivo comum entre os LEDs, o de cor azul nos decoders com fio, vai em um terminal indicado como "14v". Na foto este terminal está destacado em azul e dali partem dois fios, sendo um para a luzes da frente da locomotiva e outro para as luzes de trás. A segunda imagem mostra como identificar o positivo nos LEDs.

Os outros terminais indicados em branco e amarelo correspondem respectivamente ao farol dianteiro (headlight) e traseiro (rear light). São nesses terminais que irão ser ligados o resistor em série com o negativo dos LEDs. Para cada função, um resistor. O valor desse componente pode variar entre 680 e 2K2 ohms em se tratando de farol da locomotiva. O mais usado é de 1K. Observe que o terminal da direita de cada par de auxiliares não é usado quando se trabalha com LEDs.


Configurando:

Nos decoders Tsunami os CVs que comandam as luzes principais da locomotiva são os: CV49 para headlight e CV50 para rear light. O valor padrão que vem no decoder é 15. Mas isso para operação com lâmpadas. Ainda sim os decoders Tsunami tem uma regulagem chamada "compensation mode" para os LEDs. Isto é feito adicionando-se 128 aos valores programados nos CVs correspodentes as luzes. Sendo assim para operação com LEDs teremos o valor 143 tanto para o CV49 quanto para o CV50. Esse ajuste proporciona um melhor contraste nos LEDs. Isso é notado claramente quando se usa a função F7 - Dimmer no Tsunami.

Temos aí a instalação e configuração básica das luzes da locomotiva usando os decoders da série GN da Tsunami. No próximo post mais dicas sobre os decoders Tsunami. Qualquer dúvida é só postar nos comentários que respondo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DCC - Starter Sets - Parte 3

Voltando aos sistemas da Bachmann, agora vou falar do Dynamis. Essa foi minha segunda central e uma boa opção para quem quer fazer um upgrade após o EZ Command. A principal característica do Dynamis é o fato de ser Wireless. O controle de mão sem fio transmite e recebe os dados via infravermelho. Princípio semelhante a controle remoto de eletrônicos.



A Central

O set Dynamis vem com um controle de mão wireless, uma unidade receptora e fonte de alimentação de 2,7 Amp. É uma capacidade mediana. Se a maquete for grande, não é recomendável operar muitos trens simultaneamente. Para tal pode-se adquirir o booster de 5 Amp da própria Bachmann para aumentar sua capacidade.

Em termos de interface, o Dynamis possui uma das melhores entre todas centrais DCC e isso é um ponto alto do set. Um display grande com iluminação fornece todas as informações necesárias. Outro ponto positivo é a personalização do equipamento. Isso merece uma atenção especial e na seção dicas falo mais a respeito de como tirar melhor proveito do seu sistema.

Merece destaque características como a configuração de as todas funções individualmente como acesso momentâneo ou contínuo e é possível dar nome as locomotivas. Recursos presentes em centrais de primeira linha. Abaixo temos um vídeo demosntrativo.

Expansão

Além do booster para maior capacidade de corrente, o Dynamis dispõe de um módulo chamado "Pro-box" que implementa algumas funcionalidades como leitura dos decoders, possibilidade de adicionar receptores extras, pois a comunicação entre o controle de mão e unidade receptora é bidirecional, e saída separada para Programming Track.

Vantagens

Preço. Controla vários trens e acessórios. Altamente personalizável. Muitos recursos disponíveis. Display grande e completo. Faz programação dos decoders. Suporta funções de F0 a F20. Pode ter receptores extras ao longo da maquete(Pro-box).

Contras

Apesar do set ter valor acessível, os módulos de expansão custam mais que o dobro do set inicial.

Dicas

Relaciono algumas dicas interessantes que quando não observadas, pode gerar alguma dificuldade com o equipamento. Por ser um dispositivo wireless por ifravermelho, evite colocar a unidade receptora em local de incidência direta de luz forte ou sol. No menu de sistema, desabilite o "auto-stop"! Esse recurso faz com que os trens parem na maquete todas vez que o controle estiver fora do alncace do receptor. Isso é a causa de muita gente que recla de falha do infravermelho. Reduza também o tempo que a luz de fundo fique acesa. O padrão é um minuto e isso consome energia. Utilize pilhas recarregáveis.

Conclusão

Dependendo da cotação do dólar, mesmo comprando o Dynamis nos EUA e pagando impostos, pode ter a possibilidade de desembolsar menos de 500 reais por uma central com bastantes recursos. Então para quem já deseja uma central com mais recursos ou até mesmo para o iniciante, o Dynamis é uma ótima opção.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DCC - Starter Sets - Parte 2

Nesta segunda parte da série DCC Starter Sets trago o sistema Prodigy Advance feito pela MRC. Foi a primeira central que conheci, isso na Associação Mineira de Ferreomodelismo. O set utilizado é o tradicional, mas a linha também dispõe do sistema sem fio via rádio, podendo converter uma cab normal em wireless.

A Central:



O MRC Prodigy Advance já está na versão 2 "Squared". Essa é a informação para compra. O sistema vem composto da central de comando, cab ou controle de mão(foto acima) e fonte de alimentação com capacidade de 3,5 Amp. Corrente mais do que necessária para um set inicial. Poder rodar trens com 3 ou 4 locomotivas numa boa. Agora se a maquete for bem grande com mais linhas, recomenda-se o uso de um ou mais boosters conforme o circuito.



Ainda sobre a central, há saídas para duas cabs extras e trilho de programação. lembrando que com painéis de extensão pode ligar até 99 cabs. Agora vou falar sobre a cab, controle de mão:



A Cab MRC prodigy Advance, como o nome já diz, tem recursos avançados. Então para quem for iniciante, limite-se apenas a controlar os trens e programar os endereços. Depois que tiver mais conhecimento no assunto explore as outras funcionalidades. No vídeo abaixo temos uma demonstração básica das principais funções do sistema.






Vantagens:


Controla vários trens e acessórios, display de informações, suporta funções de F0 a F28, lê e faz toda programação dos decoders(alguns podem requerer booster de programação), possibilidade de expansão do sistema.


Contras:


No display só aparece funções até F12, falta tecla de limpeza(esc, clear, backspace...), custo alto no Brasil.


Conclusão:


Para iniciante, comece com os recursos básicos ou vai se atrapalhar bsatante. Agora se você já conhece um pouco de DCC ou vai para sua segunda central DCC, O MRC Prodigy Advance é uma boa escolha. Nos EUA é encontrado desde 250 dólares. No Brasil é possível achar para pronta entrega em algumas lojas a cerca de 850 reais.

domingo, 10 de abril de 2011

DCC - Starter Sets - parte 1

Vou iniciar aqui uma série a respeito de algumas centrais DCC que temos no mercado. Como são ítens que temos que trazer de fora, é sempre bom conhecer um pouco sobre o produto antes de comprá-lo. Nessa série serão apresentadas características, prós e contras das centrais com o qual já trabalhei. Assim espero ajudar aqueles que desejam entrar para o mundo dos trens com controle digital a fazerem a melhor escolha.

A primeira central a ser abordada é o EZ Command, fabricado pela Bachmann. É uma central de baixo custo indicada para iniciantes, para quem deseja simplicidade na operação e para quem não tem uma maquete muito grande.




A central:

O EZ Command vem com uma fonte com capacidade de 1 Amp. Corrente semelhante a de um controlador Frateschi. No entanto é possível expandir sua capacidade para 5 Amp adquirindo um booster. Isso para o caso de uma maquete maior com mais trens.

É uma central bem simples, apenas com leds indicativos. Aceita programação somente de endereços simples (1 a 9) e controla as funções de decoder na mesma faixa. O controle de velocidade é através do knob grande. É possível fazer consist.


O Set também conta com manual em inglês bem detalhado e um DVD com filme mostrando como usar o EZ Command. Muito bom.



Vantagens:

Preço, simplicidade de operação e ricas instruções de uso.



Contras:

Recursos limitados.


Conlusão:

Se você está começando, não quer ou não pode gastar muito, e deseja um sistema de fácil manuseio, o EZ Command é um ótimo ponto de partida. Nos EUA, tem o preço médio um pouco abaixo de 100 dólares.

sábado, 18 de dezembro de 2010

English Trains


Após quase um ano retorno com meu blog ferroviário. Agradeço aos amigos pela divulgação do meu link e que me motivaram a voltar a publicar.
Bem, me desfiz de grande parte do material nacional mas o tablado acabou ficando. Resolvi então partir para os importados com direito a introdução no DCC. Encomendei um start set HO da Bachmann, marca ao qual me tornei um grande fã, que vinha com um oval de trilhos cerca de 1,40x1,00m e um ramal. Como queria praticidade, achei o máximo o EZ-Track de Nickel Silver com sua base imitando o lastro. 6 curvas de 18 polegadas e temos um 180° perfeito! Acabaram os desencontros de emendas. O material rodante consistia em três vagões e duas locomotivas DCC onboard(luz e movimento, sem som). A central de comando era o EZ Command, ideal para se introduzir no DCC visto a facilidade de operação.
A nossa tendência maior ao procurar importados sempre cai no mercado americano, contudo ainda não fiquei satisfeito pelo fato de querer montar algo compacto para trens de passageiros. Assim surfando na net fui descobrir que um país lá do outro lado do mundo bem menor que o nosso possui uma ampla malha ferroviária com inúmeros trens de passageiros. Um país que tem uma cultura ferroviária que preserva sua memória e valoriza o transporte ferroviário. Em relação ao modelismo, são vários fabricantes com uma extensa linha de modelos em várias escalas. Não tem o HO. Em compensação a escala OO (1/76)deles é bem semelhante ao nosso material rodante nacional, uma vez que grande parte dos modelos tupiniquins estão em 1/78.
No post de hoje temos duas das minhas belas composições inglesas. Na linha interna temos a Regional Railways com a English Electric Class 37 puxando três carros Mark I. Na linha externa um trem de alta velocidade da Virgin Trains, Class 221 Super Voyager da Bombardier Transportation. Ambos os modelos pela Bachmann UK.